quinta-feira, 29 de março de 2012

Equilíbrio

Não importa a horas que eu durma, se eu tiver que acordar às 6h50 da manhã, ainda estarei com sono e de mau humor. Mas como tudo na vida tem o lado positivo, o tempo que eu passo no ônibus e no metrô é a conta exata do tempo que me faltou na cama, então, aproveito para dormir.

Sempre que me pego pensando nesse tipo de coisa, me sinto mal e me acho preguiçoso, até o dia que descubro que não sou o único. E nesse caso, ainda me sinto humilhado por não ter o equilíbrio que os canadenses têm. Não, eu não falo do equilíbrio emocional, falo do equilíbrio físico mesmo, aquele em que o estado do corpo se mantém sobre um apoio, sem se inclinar para nenhum dos lados.

Tiro o chapéu quando entro no metrô e não tem nenhuma cadeira livre, mas lá está ele, de pé, alto, com uma roupa social, cabelo com gel, barba feita, pasta de couro em uma das mãos e a outra segurando a barra de segurança enquanto aproveita seus últimos minutos de sono antes de começar o expediente. E enquanto a vida passa, enquanto milhares de vida passam, o corpo fica inerte e o pensamento voa longe, mas só até o momento em que ouve: Arriving at Bay, Bay Station. Nesse momento, os olhos abrem e o corpo desperta, tudo numa elegância e discrição de dar inveja, e finalmente o seu dia começa. 



p.s.: Texto ainda sem imagem!

2 comentários:

  1. Hehehe, então passe a me elogiar, porque um dia dormir em pé num onibus em Macapá, e mesmo com toda buraqueira e barberagens me mantive em pé! Sou melhor que esse cara ai, rs!

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